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Instituições de C&T&I

Fundação CPQD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações

Da ideia à implementação, presença em toda a jornada de inovação.


Fundação CPQD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações - Imagem aérea
Fundação CPQD – Imagem aérea
Foto: Divulgação

Criado em 31 de agosto de 1976 junto à Telebrás pelo Ministério das Telecomunicações, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações-CPqD tinha como objetivo principal reproduzir no Brasil um modelo de pesquisa na área de telecomunicações objetivando a autonomia tecnológica do país nessa área. Assim, o novo Centro de Pesquisas assumiu o papel de coordenação e a responsabilidade central pelo desenvolvimento de um novo sistema digital, atuando na pesquisa aplicada, na pesquisa básica (desenvolvida com a Universidade, mas sob a coordenação e financiamento da Telebrás), e no desenvolvimento e na transferência de tecnologia, protótipos e produtos para a indústria.

Na década de 1980, o CPqD ampliou suas capacidades tecnológicas para o desenvolvimento das tecnologias digitais e ganha projeção internacional, mantendo a responsabilidade pelo desenvolvimento da tecnologia dos produtos e transferindo a produção desses para o setor industrial. Em 1997, um ano antes de sua transformação em Fundação em 23 de julho de 1998, a Instituição já dispunha de 261 pedidos de patentes nacionais, 15 pedidos de patentes internacionais em 22 países, 73 patentes concedidas no Brasil, 72 registros de marcas, 63 contratos para comercialização de softwares, 142 contratos de transferência de tecnologia, fazendo do CPqD um dos maiores Institutos de Telecomunicações do mundo.

Os sistemas desenvolvidos pelo CPqD são softwares pesados e produtos complexos de alta tecnologia. Desde 1998, a Instituição avalia o quanto de sua tecnologia chega ao mercado por meio dos indicadores de comercialização de produtos com tecnologia CPqD e no recebimento de royalties, tornando-se a maior depositante de registros de softwares e a segunda Instituição de Pesquisa não acadêmica que mais deposita pedidos de patentes junto ao Instituto de Nacional de Propriedade Industrial-INPI, segundo dados publicados pela Revista Conexis-Brasil Digital em 2011 (Artigo “O rumo e o prumo do CPqD”). Tem participação em diversas empresas como: PADTEC, TRÓPICO (rede de voz e dados pela qual passam as ligações interurbanas do Brasil por tecnologia Trópico, com tecnologia do CPqD), SPAT (África/Rede Óptica), CLEARTECH (comunicação) e INSTITUTO ATLÂNTICO (Fortaleza-CE/ Serviços Tecnológicos.

No ano de 2020, a Fundação CPqD lança o documento “Radar Conecte-se ao Novo”, um cuidadoso trabalho de pesquisa desenvolvido junto a executivos e especialistas de diversos setores econômicos, sobre o impacto de 28 tecnologias que poderiam beneficiar todo o ecossistema de inovação brasileiro, compreendendo seis áreas temáticas: Rede e Conectividade; Inteligência Artificial; Confiança, Privacidade e Segurança; Computação Avançada; Mobilidade e Veículos Autônomos; e IoT e Dispositivos Inteligentes. Considerado uma base de dados relevante para a tomada de decisão em vários setores econômicos sobre o impacto das tecnologias emergentes, o documento tem sido atualizado e teve já a sua terceira edição lançada em 2023.

O compromisso da Fundação CPqD com a responsabilidade ambiental, social e de governança levou à adoção de melhores práticas. Em 2022, a Instituição promoveu diversos ajustes organizacionais, inclusive em sua própria estrutura de governança.  Criou o Comitê ESG (Environmental, Social and Governance) e lançou o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade relativo ao ano-exercício 2021, com alguns dados comparativos de 2020, e no qual se pode conhecer a amplitude de ação e a relevância das várias linhas de atuação da Instituição. O Projeto SemeAr, por exemplo, uma plataforma de inovação digital para o agronegócio desenvolvida pelo CPqD, e que tem como objetivo atender demandas reais de pequenos e médios produtores rurais. Aplicada em São Miguel Arcanjo, município paulista da região de Sorocaba, gerou a operação baseada no conceito de super fazenda digital Distrito Agro Tecnológico-DAT, em parceria com a Casa de Agricultura, a EMBRAPA, o IAC e o Instituto de Economia Agrícola-IEA, criando conectividade e promovendo a intermediação na cadeia de comercialização dos alimentos produzidos pelos agricultores.

Muito dos produtos tecnológicos utilizados no cotidiano da população passaram pelo trabalho do CPqD: o celular provavelmente foi testado e certificado pelo CPqD; a banda larga fornecida por uma operadora de telefonia celular pode ter o cadastro que gerencia o sistema gerado pelo CPqD; a fatura dos pedágios eletrônicos também pode possuir sua origem no CPqD, e assim por diante. E na vanguarda do futuro, dentre outras iniciativas recentes, destaca-se o Programa Ventures CPqD, destinado a intensificar e reforçar sua participação no ecossistema de inovação aberta e de empreendedorismo do país, realizou já nos anos 2020 projetos com mais de 160 startups em quatro linhas temáticas denominadas de Teses de Inovação: “Agro sustentável”, “Saúde Acessível a Todos”, “Indústria do Futuro” e “Energia + Limpa”.

Saiba mais:

Website CPqD

Sobre o CPqD - Website oficial

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